domingo, 1 de setembro de 2013

Meu soneto...


As ideias vagas passeiam silenciosamente sobre os meus dedos, gerando rabiscos num velho papel. Lá fora chove num linda manhã de quarta, o frio a um certo tempo já me visitou, as lembranças percorrem por meus lábios e suspiros.
Ponho-me a escrever, descrever, entrever, atrever,  as linhas do meu soneto, são suaves, que facilmente  tragam meu olhar em súbito golpe, torno-me seu. Meu soneto tem linhas tão lindas que eu nem me atrevo e modifica-las, e afinal porque eu faria tal ação? Se até suas arestas são especialmente lindas.

Meu soneto tem olhos de mel, pele de fada e com toda certeza não passaria despercebida pelas ninfas. Meu soneto tem um sorriso lindo, mãos doces e amáveis, doques desejáveis a qualquer poeta, eu, entretanto, conquistei este soneto com doçura e sutileza, arrematando sua alma e coração, assim como ela soneto fez comigo. Eu aqui do lado analiso cada métrica, cada verso seu. Meu soneto tem a face serena quando dorme, sobre seus cabelos nem pensa no amanha, apenas é e estar.
Meu soneto tem rimas doces, que não me enjoam, versos inteligentes que não me confundem. Meu soneto é mulher, e menina quando quer, meu soneto é mulher e eu seu aspirante a poeta...