sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Fora de casa


Quantos compassos me separam de sonhar?Qual a distância da mais tensa dissonância da mais bela resolução?Quantos acidentes eu posso evitar e naturalmente conhecer a melodia, sem bequadros?
O fato é que o meio me desloca, o ar me sufoca, e nesse meio de muitas vozes eu simplesmente me calo. O medo, a hesitação, a dúvida, a não compreensão do “porque estar aqui”, faz com que eu queria sempre correr, (fugir) pra dizer a verdade.
A minha voz tímida, calada, sufocada pelas outras, meu olhar perdido tentando encontrar a anacrúse, para assim poder me achar, sonhando, quem sabe, ouvir, ver e sentir essa cadencia ser revolucionada.
O “engraçado” é que no meio de tantas mentes, eu me sinto incompleto e perdido, mas me recuso a me envolver, não com elas, mas com o que chamo de “a Amante”. É como se um parte de mim, ou meu “eu” todo, estivesse numa luta contra si mesmo, esmurrando o próprio corpo, sufocando a própria voz, não a da fala, mas a da alma.
Eu realmente não sei quanto tempo eu vou ficar fora de “casa”. Tenho minhas esperanças de voltar aos braços de minha Amada, e assim reaver o tempo perdido, e junto dela ecoar pelo tempo e espaço, afinal de contas, com ela me sinto seguro, completo e inteiramente feliz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nada de palavrão aqui não é casa de mãee joana !!!
abç a todos