Escrever de fato, tem se tornado algo não muito freqüente em
meus dias. Uma pena, de veras, já que dedicava um delicioso tempo me perdendo
em minhas linhas e claro, me envolvendo nos meus devaneios corriqueiros.
Não sou cronista
ou escritor, creio que não tenho tanta habilidade com as sentenças carrancudas
de nossa língua para tal, apenas me atrevo a limitar-me a códigos, letras,
frases tentando encontrar sentidos em minhas sentenças que possam ir além dos períodos
de um enunciado.
Pois bem, tendo terminado essa primeira parte, de explicações, para quem
possa importar, quero de fato deter-me ao ponto que decidi escrever nessa
manha. Sobre águias e homens.
As águias são um forte exemplo de beleza e força, uma combinação
delicadamente perigosa, uma amostra graciosa de inteligência e destreza. Para os
mais desavisados, a idéia da águia pode parecer uma obscura ilustração, visto
que: o que um animal tão diferente do ser humano pode nos ensinar ? Que semelhança
pode de fato haver entre homens e águias? Ou melhor. Que semelhanças deveríamos
ter com as águias?
As águias são aves de rapina, e como toda ave de rapina tem garras e bico
muito bem afiados, bem como uma plumagem que as permite literalmente deslizar
pelos ares enquanto caçam. O fato é que próximo aos seus quarenta anos a águia passa
por um doloroso processo que a permite viver mais trinta anos. Processo esse
onde ela arranca todas suas penas, suas garras e bate contra uma rocha com
seu bico, até este ter saltado fora. Tempos depois a plumagem cresce novamente,
as garras e finalmente o bico, renascendo assim como uma fênix da vida real.
Não temos bicos, garras, muito menos asas. Se bem que algumas pessoas não
têm a menor vergonha de serem tratadas como pessoas com cérebros de galinha,
visto que não possuem uma única idéia que valha a pena na cabeça. Mais isso são
considerações para um outro encontro. Entretanto possuímos a necessidade de nos
reinventarmos, de renascermos apesar das mais profundas dores dessa vida tão fugaz
que nos rodeia. Como uma medida de dizer não
a tudo que nos deseja ver sucumbir.
Homens não voam, não por eles mesmos, não tem asas nem bicos, mas
deveriam aprender com as aves, com as águias especificamente o que é o poder de um se humilhar, morrer, para poder viver.
Matar o orgulho, esse ar pedante que os cerra os olhos ao passo que facilmente
e silenciosamente ele, o orgulho pode vir a destruir algo tão belo e tão singelo como uma vida, uma existência,
um amor.
Sobre águias e homens.
Adriano de Sousa.
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Nada de palavrão aqui não é casa de mãee joana !!!
abç a todos